DA SÉRIE: COMPARTILHANDO:
No começo desta semana, fui até uma floricultura que fica perto aqui de casa. Na verdade, uma loja pequena de flores e plantas, mas extremamente bem organizada e bonita. Nada em shopping, mas uma loja de rua mesmo. Eu desejava comprar algo para minha mãe.
Parei uns instantes em frente à vitrine e dei uma olhada pra dentro. Como havia muita coisa bacana, apertei a campainha. Em seguida, veio abrir a porta uma senhora de origem oriental.
Expliquei a ela qual era meu objetivo, e começou a me dar sugestões. Enquanto me mostrava as plantas, conversávamos. É uma pessoa extremamente simpática e agradável. Senti uma vibração bem legal nela.
Bem, depois de olhar várias coisas, acabei escolhendo um vaso de Anturius muito bonito.
Ela pegou o vaso e carregou-o pra cima de uma bancada localizada atrás do balcão de atendimento.
Ali ela começou a arrumá-lo pra presente, e eu, do outro lado do balcão fiquei observando.
Lá pelas tantas, ela pegou uma haste comprida, uma espécie de
galho decorativo, reto na parte de baixo e espiralado em cima e fixou-a na vaso. Feito isso, pegou uma pequena borboleta colorida e prendeu-a na parte de cima da haste.
Quando eu a vi fazer isso, comentei na hora: “Que bonito!!!”
Ela sorriu e me disse o seguinte:
“Mandei fazer essas borboletinhas. São imãs pra geladeira. Minha filha me perguntou por que eu havia mandado fazê-las. Eu disse que é pra ver se consigo fazer as pessoas sorrirem. Entram aqui muito sérios, carregados e carrancudos.”
Aí eu perguntei: “Pessoas entram em uma loja de flores e permanecem sérias e carrancudas??? Aqui dentro???”
Ela respondeu que sim.
Conversamos um pouquinho mais sobre que bom é sorrir, estar bem, leve e feliz.
Paguei minha compra, agradeci, despedi-me e saí.
Eis que a borboletinha-imã da florista oriental me fez pensar pra caramba.
Fiquei me perguntando...
Como é possível uma criatura entrar em uma loja de flores, não se sensibilizar com a beleza ao redor e não sorrir? Como é possível ficar sério, pesado e carrancudo em meio a flores???
Se alguém tem a capacidade de permanecer frio feito pedra em um ambiente repleto de cores e perfumes, que tipo de reação tal vivente tem ao entrar para dentro de sua própria Alma?
Não consigo entender.
Até entendo a atitude da dona da loja quando mandou fazer as borboletas. Já tive uma profissão dessas em que tu te sentas, outras pessoas sentam-se diante de ti e passam a despejar problemas na tua cara durante todo o dia. Naquela época também tive vontade de fabricar não só borboletinhas, mas elefantes, rinocerontes e hipopótamos multicoloridos e presenteá-los a todos que apareciam diante de mim.
Mas numa loja de flores???
Aí eu imagino um desses carrancudos e pesados... um desses que fica sério em meio a rosas... amanhã ou depois um desses ouve falar em Lei da Atração e em Criação Intencional de Realidades...
Aí ele dá uma boa pesquisada na Internet. Dá-se conta de que tem gente boa tratando do assunto. Vai até a melhor livraria de sua cidade e compra toneladas de livros. Lê tudo e chega a seguinte conclusão: “Posso ficar rico usando esse negócio! Posso atrair um relacionamento duradouro aplicando as técnicas! Há muitas técnicas! Hahahaha! Achei o mapa do tesouro!”
Mas qual é a atitude dele ao entrar na linda lojinha da minha amiga florista oriental?
Ou em qualquer outra loja de flores do mundo?
A mesma atitude de quando vai ao banco pra qualquer ato mercantil???
Então não há livro ou vídeo sobre LdA na face da Terra que resolva.
Lei da Atração e Criação Intencional de Realidades não funciona na base do escambo ou dos interesses de comércio.
Funciona na base das boas vibrações, funciona na base dos sorrisos, de papos leves, do tesão e de pura e sincera despreocupação.
Funciona no embalo do onde eu estiver, sentir-me-ei entre flores, cercado por cores, perfumes e beleza.
Cores, perfumes e beleza é o que encontro em mim! Não tem como não perceber isso presente por toda parte ao meu redor.
Borboletinhas-imãs seriam, dessa forma, desnecessárias em uma loja de flores para tentar ver um sorriso.
Apenas as flores seriam suficientes para ver sorrir e para bem criar.
Tim – tim!