Cada pessoa tem a sua fé,
Suas crenças e sua forma de ver o divino.
Para mim, a fé é mais ou menos assim:
Meu livro sagrado é a minha consciência...
No meu íntimo enxergo os princípios da vida,
A moral, as revelações celestes,
O código de conduta e os axiomas de sabedoria.
Meu templo é a natureza...
O maior templo do mundo.
O sol é a luz que nos ilumina sem nada pedir em troca,
O céu é a eternidade e o infinito,
Vivos e acessíveis a qualquer pessoa.
Meu ritual é a caridade...
Sentir o bem, Pensar no bem e agir no bem.
A compaixão, que se coloca no lugar do outro
E a tolerância, que respeita a diversidade.
Meu dogma é o amor...
A única verdade eterna;
Faça a outro apenas o que gostaria que a ti fosse feito.
Ama teu próximo, como amas a ti mesmo.
Minha doutrina é a esperança...
A esperança de quem não conhece o amanhã,
Mas confia na perfeição da vida.
A esperança de quem vive num vale de lágrimas,
Mas sente que isso tem um significado.
A esperança da cegueira da verdade
Mas sente arder uma chama interna,
Que ilumina seu caminho,
E te conduz a um Porto Seguro.
Minha prece é o silêncio...
O silêncio que me faz ouvir a vida,
E me ajuda a ouvir a mim mesmo.
O silêncio que traz tranquilidade e paz.
A paz, que é o caminho, e também a meta suprema.
Por fim, minha religião é o meu coração...
O coração daquele que cai, que erra,
Que luta, que se enfraquece,
Mas sabe que o futuro lhe reserva o despertar,
O despertar que precede o sono profundo,
E acorda com os primeiros raios de sol.
Os raios solares e celestes,
Que te trazem a presença do divino.